Ficha prática #

Avaliação do impacto global

Embora a avaliação individual seja muito importante para as escolas, não está no espírito do projeto, mas podemos tentar descobrir como podemos avaliar o impacto global dos “contos” num grupo de alunos para ver se um impacto positivo ocorreu ao nível da competência oral e da autoconfiança.

IDADE: 5-11 anos

PORQUE É IMPORTANTE?

Uma avaliação é importante para que possamos levar em consideração o impacto global das sessões no desenvolvimento e na autoestima dos alunos ao usarem as suas competências comunicativas.

A avaliação do impacto global será realizada através da observação do comportamento e da relação entre os alunos do grupo. A relação que o aluno mantém com o falar em público também é muito importante. Um dos principais objetivos deste projeto é incentivar os jovens alunos a desenvolverem a comunicação oral, mas também a estarem à vontade para falar na frente de outras pessoas.

AVALIAÇÃO GLOBAL DO IMPACTO

Como uma avaliação global, o professor pode manter um diário do nível geral das competências orais de cada aluno com notas (ou seja, tomando notas das observações) e certos critérios:

– Fluência

– Riqueza de vocabulário

– Ritmo

– Confiança

– Estrutura do discurso

– Estrutura e complexidade do enredo

– Complexidade das frases e da gramática

– Articulação

Outros critérios interessantes para serem observados:

– Quantos alunos se ofereceram para contar uma história?

– Os alunos que antes não queriam participar participam agora?

– Nas outras aulas, houve diferença no número de alunos que levantaram a mão para responder oralmente a uma pergunta?

– Houve um impacto positivo nas aulas de “línguas”? (como fluência na leitura de textos, melhores composições na escrita, estruturas escritas mais complexas, etc …)

– Houve um impacto na autoconfiança geral dos alunos?

Talvez seja interessante perguntar aos pais se eles notaram uma diferença no comportamento do aluno em casa. Além disso; ele conta histórias em casa ou para os seus amigos fora do momento da história na aula?

Todos esses elementos podem ser indicadores de um impacto positivo do tempo de narração de história nos alunos, tanto no geral como individualmente.

FERRAMENTAS DE AUTO-AVALIAÇÃO E MOTIVAÇÃO:

A motivação para contar histórias é muito importante para provocar um impacto positivo maior. Nesta situação particular, sempre que se pede a autoavaliação, é importante que os alunos se sintam como se se tratasse de mais um jogo e não de uma avaliação formal. A ideia é manter o tempo de contar histórias como um espaço de livre expressão, onde os alunos não se sintam pressionados a pontuar, mas fiquem à vontade para experimentar a oratória. Aqui estão algumas dicas sobre como tornar a parte da autoavaliação divertida e interessante para os alunos.

Provoque a recetividade – a surpresa ou a ambiguidade é usada para atrair o interesse.

Aumente a curiosidade – use várias questões desafiadoras, quebra-cabeças e resolução de problemas.

Oportunidade para cada aluno participar do processo de avaliação.

Preparação, implementação:

De acordo com a técnica escolhida para avaliação. O professor prepara os materiais necessários para a atividade antes do início da história e fornece-os no final.

Outras opções caso as crianças se recusem a participar na atividade:

Sugira-lhes:

– ser um observador da atividade dos outros;

– envolver-se na avaliação quando se sentirem prontos;

– dar uma avaliação individualmente após as outras crianças terem terminado.

ATIVIDADES ESPECÍFICAS RELACIONADAS COM A AVALIAÇÃO DO IMPACTO DE CONTAR HISTÓRIAS / CONTOS NA MENTALIDADE DOS ALUNOS

1. Técnica “alvo de avaliação”

Desenhe um alvo com círculos concêntricos com os números 0, 10, 20, 30 é, com o número maior no meio. As crianças respondem às perguntas relacionadas com a história / conto / exemplo: Gostaram do final da história? / Colocam um sinal / pontos autoadesivos / no lugar do número correspondente de pontos com um significado, que é explicado anteriormente:

30 pontos – Gostei muito.

20 pontos – Gostei.

10 pontos – Gostei pouco.

0 pontos. – Não gostei.

As crianças que não gostaram da história têm a oportunidade de formar uma equipa e criar sua própria apresentação para apresentá-la.

2. Técnica de “semáforo”

Cada uma das crianças tem três placas multicoloridos – amarelo, vermelho e verde. Após cada pergunta, feita pelo professor, relacionada com a história, respondem mostrando a placa correspondente com a cor e o significado, que é explicado antecipadamente:

Verde – Gostei muito.

Amarelo – Gostei pouco.

Vermelho – Não gostei.

As crianças que não gostaram da história têm a oportunidade de formar uma equipa e criar sua própria apresentação para apresentar.

Outras perguntas podem ser feitas em relação às histórias, utilizando as mesmas técnicas, tais como:

  • Gostaste de contar a história?
  • Foi difícil contar a história?
  • Se pudesses mudar algo, enquanto contavas a história, o que mudarias?

– Como te sentes enquanto contas uma história?

– O que aprendeste hoje?

O sentimento geral provocado por assumir a liderança e falar em público, bem como o quão confortável se sentem ao fazê-lo, é um indicador importante do impacto que contar histórias pode ter sobre os alunos. Quanto mais à vontade se sentem e quanto mais gostam de contar histórias, mais suscetíveis se tornam em melhorar e ter autoconfiança quando falam em público. É por isso que a autoavaliação do aluno é basicamente um “gostaram?” e “porquê?”. É muito importante.