Era uma vez um cuco
Que não gostava de couves
Mandaram chamar o pau
Para bater no cuco
O pau não quis bater no cuco
O cuco não quis comer as couves
Para-ra-ra-ra-ra-ra
O cuco sempre a dizer:
– Couves não hei-de comer.
Mandaram chamar o fogo
Para vir queimar o pau
O fogo não quis queimar o pau
O pau não quis bater no cuco
O cuco não quis comer as couves
Para-ra-ra-ra-ra-ra
O cuco sempre a dizer:
– Couves não hei-de comer.
Mandaram chamar a água
Para vir apagar o fogo
A água não quis apagar o fogo
O fogo não quis queimar o pau
O pau não quis bater no cuco
O cuco não quis comer as couves
Para-ra-ra-ra-ra-ra
O cuco sempre a dizer:
– Couves não hei-de comer.
Mandaram chamar a vaca
Para vir beber a água
A vaca não quis beber a água
A água não quis apagar o fogo
O fogo não quis queimar o pau
O pau não quis bater no cuco
O cuco não quis comer as couves
Para-ra-ra-ra-ra-ra
O cuco sempre a dizer:
– Couves não hei-de comer.
Mandaram chamar o homem
Para vir bater na vaca
O homem não quis bater na vaca
A vaca não quis beber a água
A água não quis apagar o fogo
O fogo não quis queimar o pau
O pau não quis bater no cuco
O cuco não quis comer as couves
Para-ra-ra-ra-ra-ra
O cuco sempre a dizer:
– Couves não hei-de comer.
Mandaram chamar o polícia
Para vir prender o homem
O polícia não quis prender o homem
O homem não quis bater na vaca
A vaca não quis beber a água
A água não quis apagar o fogo
O fogo não quis queimar o pau
O pau não quis bater no cuco
O cuco não quis comer as couves
Para-ra-ra-ra-ra-ra
O cuco sempre a dizer:
– Couves não hei-de comer.
Mandaram chamar a morte
Para matar o polícia
A morte quis matar o polícia
O polícia já quis prender o homem
O homem já quis bater na vaca
A vaca já quis beber a água
A água já quis apagar o fogo
O fogo já quis queimar o pau
O pau já quis bater no cuco
Para-ra-ra-ra-ra-ra
O cuco sempre a dizer:
– Couves eu hei-de comer.